Olá, Minha Amiga de Infância, tudo bem?
Hoje parei um pouco para pensar na sua importância na minha vida.
Nos conhecemos há tempos e a cada vez que nos falamos ainda somos as mesmas meninas de olhares brilhantes e cachos marcados.
Você guarda consigo as minhas mais secretas confidências: quem foi o meu primeiro amor, quão nervosa ficava antes da prova de química, como foi difícil mudar de escola e depois de cidade… Tantos acontecimentos marcantes!
O seu ombro disponível, quando a conversa ficava séria, foi essencial. Obrigada!
A vida, enfim, seguiu seu rumo. Quem dera pudéssemos nos encontrar todos os dias como nos tempos de colégio…
Cada uma à sua maneira se tornou adulta. Muitas cicatrizes nos transformaram em quem somos agora. Os cachos ainda seguem firmes, embora os modismos tenham sido insistentes em alisá-los.
Esta carta é para dizer que meu coração se enche de alegria, quando nos vemos.
Passamos horas uma ouvindo à outra, como se crianças ainda fossemos. Como é bom rir sem parar, porque as bobagens são incontáveis.
Só eu sei que temos muito a compartilhar nesta caminhada.
Só eu sei que a minha história sem ti não teria a menor graça.
Por fim, minha Amiga, não se esqueça: eu sou a mesma parceira de sempre.
Eu sou a Sua Amiga, aquela do Piauí, aquela que a ti é só gratidão.
Aquela com quem pode contar!
Despeço-me, aqui, cheia de memórias de afeto.
Um até breve, porque assim será.
Com Amor,
Félix / Fê.
Obs.: minha infância foi no Piauí. Em 1995, mudei-me para Brasília. No meu coração, levei comigo amigas importantes, que, até hoje, fazem parte da minha vida. Para elas, as minhas melhores homenagens.